sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Como viviam nossos Imigranates Italianos


Missa do Encontro da Família “Zanatta”  Texto de introdução para o dia de Encontro

Texto lido em 18 de janeiro de 209 , por ocasião do sétimo encontro da família “Zanatta” na gruta da Linha 19, localizade de Santo Isidoro no município de Carlos Barbosa.

No final do século 19, enquanto a França, Áustria e Suíça direcionavam todo o seu esforço para entrar vigorosamente para o mundo da modernização e da tecnologia a Itália permanecia num sistema arcáico enredando-se em guerras internas e externas isso fez dela um país desordenado e retrógado.

Os altos impostos arrecadados eram aplicados na guerra. A população não tinha retorno de benefícios gerados pelos impostos penalizando brutamente os camponese. O governo recrutava os jovens para o exército obrigando-os a servir duramente 3 anos no período mais produtivo de sua vida.

A fome imperava entre os agricultores, e o povo não vislumbrava melhores perspectivas para o futuro. Os aldeões não dispunham de terra suficiente para a agricultura, deviam criar artificialmente terraços nas montanhas para poderem produzir.

O rigoroso inverno fazia com que os campezinos permanececem 6 meses inativos,abrigados em estrebarias para poderem se aquecer junto aos animais.

A população era tão pobre que se alimentava basicamente de polenta.Tão pobre que não podia comprar nem mesmo o sal para colocar na polenta. Daí advinha uma avitaminose chamada pelagra, que se não fosse tratada levava a morte.

Durante o verão os agricultores trabalhavam intensamente para produzir comida e para guardá-los para o rigoroso inverno Europeu.

Quando um Jovem casava não tinha casa própria e nem terreno para construí-la. Deviam esperar a liberação de um quarto ou a construção de um novo para poder casar.

Os que não tinham casa e nem terras viviam numa situação desesperadora. Além de terem de se sustentar deviam pagar o aluguel da casa onde moravam e das terras em que trabalhavam. Reinava a estagnação e nada poderiam esperar do porvir.

Foi nesse clima que na década de 1870 e 1880, chegaram a Itália os propagandistas da imigração para a América.

Eles avivaram no povo uma esperança de uma vida nova, num mundo novo cheio de oportunidades. Para terem comida em abundância e para serem livres precisam ter um pedaço de terra. E era isso que os porpagandistas anunciaram que o império Brasileiro oferecia.

Foi nesse cenário que os nossos antepassados da família “ZANATTA” resolveram fugir de todas essas adversidades imigrando para o Brasil.

Nesse momento anunciamos a chegada de um grupo de pessoas que representando os imigrantes italianos das famílias “Zanatta” que também se radicaram nesta localidade de Santo Isidoro, linha 19 em Carlos Barboso com a bandeira da Itália, trajes típicos, carroça e untensílios de trabalho.

Texto produzido por Luiz Accorsi, descendente da família “Zanatta”

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