sexta-feira, 25 de novembro de 2016

São Francisco de Assis e o Natal


assSão Francisco de Assis

São Francisco e o Natal


 

 O primeiro Presépio ao vivo foi feito por São Francisco de Assis na noite de Natal de 1223, num monte junto da aldeia de Greccio, em Itália. O seu amigo João, dono da herdade, emprestou um boi e um jumento; o povo acorreu com archotes; Francisco, diácono, proclamou e explicou o Evangelho. Dizem os Biógrafos que, ao pronunciar o nome de Jesus, o Santo passava a língua pelos lábios como que a saborear mel; ao dizer Belém, a sua voz balia como a de um cordeiro; e quando pegou no Menino ao colo, a imagem de Jesus, em barro, animou-se e sorriu-lhe. O futuro Museu do Presépio também incluirá postais de quadros com São Francisco integrado na representação do Presépio.

Nesta página queremos apenas transcrever alguns dos textos das Fontes Franciscanas sobre como Francisco de Assis vivia o Natal e como desejava que ele fosse vivido pelos seus Irmãos.

 A devoção de Francisco pelo Natal do Senhor e como desejou

que nesse dia todos os pobres fossem socorridos

Mais do que nenhuma outra festividade, celebrava com inefável alegria o nascimento do Menino Jesus e chamava festa das festas ao dia em que Deus, feito menino, se amamentava como todos os filhos dos homens. Beijava mentalmente, com esfomeada avidez, as imagens do Menino que o espírito lhe construía, e, d'Ele entranhadamente compadecido, balbuciava palavras de ternura, à maneira das crianças. E o seu nome era para ele como um favo de mel na boca (1).

 

Um dia, estando os irmãos a discutir se poderiam ou não comer carne, dado que o Natal, esse ano, caía à sexta-feira, respondeu Francisco a frei Morico: «Irmão, é um pecado chamar dia de Vénus (2) ao dia em que nasceu para nós o Menino. Desejaria - acrescentou - que em semelhante dia até as paredes comessem carne, mas, como não é possível, sejam ao menos untadas com gordura».

 

Queria que nesse dia os ricos dessem comida abundante aos pobres e famintos, e que os bois e jumentos tivessem mais penso que o habitual. «Se eu falasse com o Imperador - dizia -, pedir-lhe-ia que promulgasse um édito geral para que todos os que pudessem fossem obrigados a espalhar trigo e outros cereais pelos caminhos, para que, em tão grande solenidade, as avezinhas, sobretudo as irmãs cotovias, comessem com abundância». Não conseguia reprimir as lágrimas ao pensar na extrema pobreza que padeceu nesse dia a Virgem Senhora pobrezinha (3). Uma vez, estando sentado à mesa a comer, e tendo um irmão recordado a pobreza da bem-aventurada Virgem e de seu Filho, imediatamente se levantou a chorar e a soluçar, e, com o rosto banhado em lágrimas, comeu o resto do pão sobre a terra nua.

 

Por isso chamava à pobreza virtude real, pois refulge com tanto esplendor no Rei como na Rainha. E como os irmãos lhe tivessem perguntado um dia, em Capítulo, que virtude tornaria alguém mais amigo de Cristo, respondeu como quem confia um segredo do coração: «Sabei, irmãos, que a pobreza é um caminho privilegiado para a salvação. As suas vantagens são inumeráveis, mas muito poucos as conhecem».

Tomás de Celano - Vida Segunda (2 C 199-200)

(3) Literalmente: a querida Virgem pobrezinha. Para o Poverello, Nossa Senhora era a Poverella, o que dá à sua devoção um colorido bem original.

Natal: tempo de dar com generosidade do que lhe pertence, não só aos pobres, como também aos animais e aves do céu

Nós, que estivemos com o bem-aventurado Francisco, e estamos a redigir estas memórias, damos testemunho de que, muitas vezes lhe ouvimos dizer: «Se eu puder falar ao Imperador, suplicar-lhe-ei que, por amor de Deus atenda o meu pedido para que publique um édito em que seja proibido apanhar as irmãs cotovias, ou fazer-lhes qualquer mal. Do mesmo modo, quero que todos os governadores das cidades, os senhores dos castelos e vilas ordenem a seus súbditos que, em cada ano, pelo Natal, mandem pessoas espalhar trigo ou outros cereais pelos caminhos, para que as aves, e sobretudo as nossas irmãs cotovias, tenham que comer nesta grande solenidade. Gostava também, em homenagem ao Filho de Deus reclinado no presépio pela Virgem Maria, entre o boi e o burro, que toda a gente fosse obrigada a dar uma abonada ração de feno aos irmãos bois e aos irmãos burros, naquela santa noite. Enfim, no dia de Natal deviam todos os pobres saciarem-se à mesa dos ricos».

 

O bem-aventurado Francisco festejava com mais solenidade o Natal do que as outras festas do Senhor, porque, dizia, embora nas outras solenidades o Senhor tenha operado a nossa salvação, no dia em que Ele nasceu tivemos a certeza de que íamos ser salvos. Por isso, queria que no dia de Natal todos os cristãos exultassem no Senhor; por amor d'Aquele que se deu por nós, todo o homem devia dar com generosidade do que lhe pertence, não só aos pobres, como também aos animais e aves do céu.

 

Legenda Perusina (LP 110)

 

Como São Francisco queria persuadir o Imperador a publicar uma lei decretando que os homens, no dia de Natal do Senhor, alimentassem generosamente as aves, os bois, os burros e os pobres

Nós, que vivemos com São Francisco e escrevemos sobre estes acontecimentos, testemunhamos que muitas vezes o ouvimos dizer: «Se eu puder falar ao Imperador, suplicar-lhe-ei e tentarei convencê-lo a que, por amor de Deus, e de mim, publique uma lei especial, decretando que nenhum homem capture ou mate as nossas irmãs cotovias ou lhes faça algum mal. Igualmente, que todas as autoridades das cidades e das aldeias e os senhores dos castelos obriguem, em cada ano, no dia do Natal do Senhor, os homens a espalhar trigo e outros grãos pelos caminhos, para que as irmãs cotovias e mesmo outras aves tenham de comer em tal Solenidade. E, por respeito para com o Filho de Deus que nesta noite a Santíssima Virgem Maria colocou na manjedoura entre um boi e um burro, quem tiver destes animais deverá provê-los abundantemente da melhor forragem, nessa noite. Do mesmo modo, no dia de Natal, os ricos deveriam saciar os pobres com ricos e saborosos manjares».

Pois São Francisco tinha mais profunda veneração pelo Natal do Senhor do que por qualquer outra Solenidade e dizia: «Depois que o Senhor nasceu para nós, devemos assegurar a salvação». Por isso queria que nesse dia os cristãos se alegrassem no Senhor e que, por amor d'Aquele que se entregou por nós, todos provessem com largueza não somente os pobres mas também os animais e as aves.

 

Espelho de Perfeição (EPF 114)

O presépio preparado em Greccio na noite de Natal

A suprema aspiração de Francisco, o seu mais vivo desejo e mais elevado propósito era observar em tudo e sempre o Santo Evangelho (1) e seguir a doutrina e os passos de Nosso Senhor Jesus Cristo com suma aplicação da mente e fervor do coração. Reevocava as suas divinas palavras em meditação assídua e jamais deixava de ter presentes, em aprofundada contemplação, os passos da sua vida. Tinha tão vivas na memória a humildade da Incarnação e a caridade da Paixão, que lhe era difícil pensar noutra coisa.

Mui digno de piedosa e perene memória foi o que ele fez três anos antes da sua gloriosa morte, perto de Greccio, no dia da Natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo (2). Vivia nessa comarca um homem, de nome João, de boa fama e melhor teor de vida, a quem o bem-aventurado Pai queria com singular afeição, pois sendo ele de nobre e honrada linhagem, desprezava a prosápia do sangue e aspirava unicamente à nobreza do espírito. Uns quinze dias antes do Natal, Francisco mandou-o chamar, como aliás amiúde fazia, e disse- -lhe: «Se queres que celebremos em Greccio o próximo Natal do Senhor, vai imediatamente e começa já a prepará-lo como vou dizer. É meu desejo celebrar a memória do Menino que nasceu em Belém de modo a poder contemplar com os meus próprios olhos o desconforto que então padeceu e o modo como foi reclinado no feno da mangedoura, entre o boi e o jumento». Ao ouvir isto o fiel e bondoso amigo, dali partiu apressadamente a fim de preparar no lugar designado tudo o que o Santo acabava de pedir.

E o dia chegou, festivo, jubiloso. Foram convocados irmãos dos vários conventos em redor. Homens e mulheres da região, coração em festa, prepararam, como puderam, círios e archotes para iluminarem aquela noite que viu aparecer no céu, rutilante, a Estrela que havia de iluminar todas as noites e todos os tempos. Por fim, chega Francisco. Vê que tudo está a postos e fica radiante. Lá estava a mangedoura com o feno e, junto dela, o boi e o jumento. Ali receberia honras a simplicidade, ali seria a vitória da pobreza, ali se aprenderia a lição melhor da humildade. Greccio seria a nova Belém.

A noite resplandecia como o dia, noite de encanto para homens e animais. Vem chegando gente. A renovação do mistério dá a todos motivos novos para rejubilarem. Erguem-se vozes na floresta e as rochas alcantiladas repercutem os hinos festivos. Os irmãos entoam os louvores do Senhor, e entre cânticos de júbilo fremente decorre toda a noite. O santo de Deus está de pé diante do presépio, desfeito em suspiros, trespassado de piedade, submerso em gozo inefável. Por fim, é celebrado o rito solene da Eucaristia sobre a mangedoura, e o sacerdote que a celebra sente uma consolação jamais experimentada.

Francisco reveste-se com os paramentos diaconais, pois era diácono (3) e, com voz sonora, canta o santo Evangelho. A sua voz potente e doce, límpida e bem timbrada, convida os presentes às mais altas alegrias. Pregando ao povo, tem palavras doces como o mel para evocar o nascimento do Rei pobre e a pequena cidade de Belém.

Por vezes, ao mencionar a Jesus Cristo, abrasado de amor, chama-lhe o «menino de Belém», e, ao dizer «Belém», era como se imitasse o balir duma ovelha e deixasse extravasar da boca toda a maviosidade da voz e toda a ternura do coração. Quando lhe chamava «menino de Belém» ou «Jesus», passava a língua pelos lábios, como para saborear e reter a doçura de tão abençoados nomes.

Entre as graças prodigalizadas pelo Senhor nesse lugar, conta-se a visão admirável com que foi favorecido certo homem de grande virtude (4). Pareceu-lhe ver, reclinado no presépio, um menino sem vida. Mas tanto que dele se abeirou o Santo, logo despertou, suavemente arrancado ao sono profundo. De resto, não deixava esta visão de ter um sentido real, já que, pelos méritos do Santo, o Menino Jesus ressuscitou no coração de muitos que o tinham esquecido e a sua imagem ficou indelevelmente impressa em suas memórias.

Terminada a solene vigília, todos voltaram para suas casas cheios de inefável alegria.

Tomás de Celano - Vida Primeira (1 C 84-86)

(           1) Observar o santo Evangelho é a definição dada pelo mesmo São Francisco da «Regra e vida dos irmãos menores» (1 R 1, 2; 2 R 1, 1)

(2) Portanto, na noite de 25 de Dezembro de 1223. Como nota São Boaventura (LM X, 7), Francisco tinha-se munido da autorização papal. Não era então muito frequente a celebração da Eucaristia em «altar portátil»

(3) Diz Bartolomeu de Pisa que Francisco não quis receber o sacerdócio por humildade. São Bento, que era diácono, exerceu grande influência sobre o Poverello. Cf. Bihl em AFH 17 (1924) pp. 445-47

(4) Segundo São Boaventura (LM X, 7), é o mesmo João

Como São Francisco resolveu celebrar o Natal com a maior solenidade possível para estimular a devoção da gente de Gréccio

Três anos antes da morte resolveu celebrar com a maior solenidade possível a festa do Nascimento do Menino Jesus, ao pé da povoação de Gréccio, a fim de estimular a devoção daquela gente. Mas para que um tal projecto não fosse tido por revolucionário, pediu para isso licença ao Sumo Pontífice, que lha concedeu (1). Mandou preparar uma mangedoira com palha, e trazer um boi e um burrito. Convocaram-se muitos Irmãos; vieram inúmeras pessoas; pela floresta ressoaram cânticos alegres...

Essa noite venerável revestiu-se de esplendor e solenidade, iluminada por uma infinidade de tochas a arder e ao som de cânticos harmoniosos. O homem de Deus estava de pé diante do presépio, cheio de piedade, banhado em lágrimas e irradiante de alegria. O altar dessa missa foi a mangedoira. Francisco, que era diácono, fez a proclamação do Evangelho. Em seguida dirigiu a palavra à assembléia, contando o nascimento do pobre Rei, a quem chamou, com ternura e devoção, o Menino de Belém. O Senhor João de Gréccio, cavaleiro muito virtuoso e digno de toda a confiança, que abandonara a carreira das armas por amor de Cristo e dedicava uma profunda amizade ao homem de Deus, afirmou que tinha visto um menino encantador a dormir na mangedoira, e que pareceu acordar quando São Francisco fez menção de pegar nele nos braços. É crível que se tenha dado esta aparição: há o testemunho não só da santidade do piedoso militar, como a veracidade do próprio acontecimento e a confirmação que lhe deram outros milagres ocorridos depois: o exemplo de Francisco correu mundo e ainda hoje consegue excitar à fé de Cristo muitos corações adormecidos; a palha dessa mangedoira, conservada pelo povo, serviu de remédio miraculoso para animais doentes e de preservativo para afastar muitas pestes. Assim glorificava Deus o seu servo, e mostrava, com milagres indesmentíveis, o poder da sua oração e da sua santidade.

São Boaventura - Legenda Maior (LM 10, 7)

(1) Os outros biógrafos não mencionam esta cautela de pedir autorização superior para a nova liturgia. Uma decretal de Inocêncio III datada de 1207 proibia os «ludi theatrales»

Como Santa Clara, estando gravemente enferma, foi levada milagrosamente da Cela à igreja de S. Francisco

Estando uma vez Santa Clara gravemente enferma, - tanto que não podia assistir ao ofício na igreja com as demais freiras, - e chegando a solenidade do Natal de Cristo, todas as religiosas foram a Matinas, sendo ela a única que ficou na cama, muito triste, por não poder ir com as outras, nem participar daquela espiritual consolação. Mas Jesus Cristo, seu esposo, não querendo que ela ficasse assim desconsolada, milagrosamente a fez transportar pelos Anjos à igreja de São Francisco, para que assistisse a todo o Ofício de Matinas e à Missa da meia-noite. E depois de ter recebido a santa Comunhão fez que fosse levada ao seu leito. Acabado o Ofício em São Damião voltaram as monjas para junto de Santa Clara, e lhe disseram:

- Ó nossa Madre, sóror Clara, que grande consolação a que recebemos, esta santa noite do Natal de Cristo! Prouvesse aos Céus que houvésseis assistido connosco!

E Santa Clara respondeu:

- Louvores e graças rendo a meu Senhor Jesus Cristo bendito, irmãs e filhas minhas muito amadas, porque a todas as solenidades desta santíssima noite, e maiores do que às que vós assistisses, assisti eu, com muita consolação da minha alma. Porque, por intercessão de meu padre São Francisco e por graça de Deus, estive presente na igreja de meu padre São Francisco, e com meus ouvidos corporais e mentais ouvi todo o canto e a música dos órgãos, e também recebi a santa Comunhão. E assim alegrai-vos e dai graças a Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

Florinhas de São Francisco de Assis (Fl 35)

Como quando baixou do seu trono real (Sab 18, 15), a tomar carne  no seio da Virgem, cada dia o Filho de Deus desce do seio do Pai, sobre o altar, para as mãos do sacerdote.

Ora, também o Filho, enquanto é igual ao Pai, de ninguém pode ser visto senão do modo como se vê o Pai, senão, do mesmo modo, graças ao Espírito Santo. E, por conseguinte, todos os que viram em nosso Senhor Jesus Cristo a sua humanidade, e não viram nem creram, segundo o espírito divino, que ele era o verdadeiro Filho de Deus, tiveram sentença de reprovação. Do mesmo modo, também agora têm sentença de reprovação todos os que vêem o sacramento consagrado pelas palavras do Senhor, sobre o altar, por intermédio dos sacerdotes, mas não vêem nem crêem, segundo o espírito divino, que é de verdade o Corpo e Sangue de nosso Senhor Jesus Cristo, conforme o atesta o Altíssimo, que diz: - Isto é o meu Corpo e o Sangue da Nova Aliança, que será derramado por muitos (Mc 14, 22. 24). E ainda: - Quem come a minha Carne e bebe o meu Sangue, tem a vida eterna (Jo 6, 55).

Portanto, o que tem o espírito do Senhor que habita nos seus fiéis, esse, sim, recebe o santíssimo Corpo e Sangue do Senhor. Os demais, que não partilham desse espírito e todavia presumem comungar, esses comem e bebem a sua condenação (1 Cor 11, 29).

 

Por isso, ó filhos dos homens, até quando haveis de ser de coração duro? (Sal 4, 3). Porque não reconheceis a verdade, e acreditais no Filho de Deus? (Jo 9, 35). Eis que ele se humilha cada dia, como quando baixou do seu trono real (Sab 18, 15), a tomar carne no seio da Virgem; cada dia vem até nós em aparências de humildade; cada dia desce do seio do Pai, sobre o altar, para as mãos do sacerdote. E assim como aos santos Apóstolos se mostrou em carne verdadeira, assim agora se mostra a nós no pão sacramentado. Os Apóstolos com a sua vista corporal viam apenas a sua carne; mas, contemplando-o com os olhos do espírito, acreditavam que ele era Deus. De igual modo, os nossos olhos de carne só vêem ali pão e vinho; mas saiba a nossa fé firmemente acreditar que ali está, vivo e verdadeiro, o seu santíssimo Corpo e Sangue.

E é desta forma que o Senhor está sempre com os que crêem nele, segundo ele mesmo prometeu: - Eis que estou convosco até à consumação dos séculos (Mt 28, 20).

São Francisco de Assis (Exortações 1,7-22)

Salmo 15


Glorificai a Deus, nosso auxílio; louvai o Senhor Deus, vivo e verdadeiro, com cânticos de alegria (Sal 42,6).

Porque o Senhor é o Altíssimo, o terrível, o grande rei de toda a terra (Sal 46, 3).

Porque o santíssimo Pai do céu, nosso Rei desde a eternidade, mandou lá do alto o seu dilecto Filho, e ele nasceu da bem-aventurada Virgem Santa Maria.

Ele me invocou: «Tu és meu Pai»; e eu farei dele o meu primogénito, acima dos reis da terra (Sal 88, 27-28).

E naquele dia o Senhor Deus mandou a sua misericórdia, e um cântico que encheu a noite (Sal 41, 9).

Eis o dia que o Senhor fez; exultemos e alegremo-nos com ele (Sal 117, 24).

Porque nos foi dado o santíssimo e dilecto Menino, e por nós (Is 9, 5) nasceu durante uma viagem e foi deitado num presépio, por não haver lugar para ele na estalagem (Lc 2,7).

Glória ao Senhor Deus no mais alto dos céus, e na terra paz aos homens de boa vontade (Lc 2, 14).

Alegrem-se os céus, exulte a terra, rumoreje o mar e quanto ele encerra; regozijem-se os campos e tudo o que neles existe (Sal 95, 11-12).

Cantai-lhe um cântico novo; gentes todas da terra, cantai ao Senhor (Sal 95, 1).

Porque o Senhor é grande e digno de todo o lou- vor, temível sobre todos os deuses (Sal 95, 4).

Dai ao Senhor, ó família das gentes, dai ao Senhor honra e glória, dai ao Senhor a glória devida ao seu nome (Sal 95, 7-8).

Oferecei-lhe o vosso corpo para levar a sua santa cruz e segui até ao fim os seus mandamentos santíssimos  (Rom 12, 1; Lc 14, 27; 1 Ped 2, 21).

São Francisco de Assis (Ofício da Paixão - Salmo 15)

Note-se que este salmo se diz desde o Natal do Senhor até à oitava da Epifania, a todas as Horas.

Outros Textos


São Francisco dedicava um amor indizível à Mãe de Jesus, por ter sido ela que nos deu por irmão o Senhor da majestade, e por meio dela termos alcançado misericórdia (1 Ped 2,10).

São Boaventura - Legenda Maior (LM 9,2)

E do mesmo modo todos os irmãos jejuem desde a festa de Todos os Santos até ao Natal do Senhor, e desde a Epifania, que foi quando nosso Senhor começou o seu jejum, até à Páscoa.

São Francisco de Assis (1ª Regra 3,11; 2ª Regra 3,5)

O Pai altíssimo, pelo seu arcanjo São Gabriel, anunciou à santa e gloriosa Virgem Maria (Lc 1, 31), que esse Verbo do mesmo Pai, tão digno, tão santo e glorioso, ia descer do céu, a tomar a carne verdadeira da nossa humana fragilidade em nossas entranhas. E sendo Ele mais rico do que tudo (2 Cor 8, 9), quis, no entanto, com sua Mãe bem-aventurada, escolher vida de pobreza.

São Francisco de Assis (2ª Carta a todos os Fiéis 4-5)

E te rendemos graças porque, como por teu Filho nos criaste, assim também pela verdadeira e santa caridade com que nos amaste (Jo 17, 26), fizeste que Ele, o teu Filho, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, nascesse da gloriosa sempre Virgem a beatíssima santa Maria, e pela sua cruz e sangue e morte quiseste resgatar-nos, a nós  que éramos cativos.

 

São Francisco de Assis (1ª Regra 23,3)

Salvè, Senhora santa Rainha, santa Mãe de Deus,

Maria, virgem convertida em templo,

e eleita pelo santíssimo Pai do céu,

consagrada por Ele com o seu santíssimo amado Filho

e o Espírito Santo Paráclito;

que teve e tem toda a plenitude da graça e todo o bem!

Salvè, palácio de Deus!

Salvè, tabernáculo de Deus!

Salvè, casa de Deus!

Salvè, vestidura de Deus!

Salvè, mãe de Deus!

E vós, todas as santas virtudes,

que  pela graça e iluminação do Espírito Santo

sois infundidas no coração dos fiéis,

para, de infiéis que somos, nos tornardes fiéis a Deus.

São Francisco de Assis (Saudação à Virgem Maria)

 

 

 

 

 

Ervas Aromáticas


As Ervas Aromáticas  de chás

 

A salsa é italiana

Que bom relembrar

Dá um sabor gostoso

Na mesa não pode faltar

 

A mangerona é alemã

Serve para fazer chá

Depois de refeição

O estômago vai precisar

 

A esva-do-bugre é brasileira

Seu uso como chá

Purifica o sangue e dá vida

Sua utilidade não pode faltar

 

A hortelão é uma chá

Contra a vermisose vai atuar

Ajuda as etnias ter saúde

Tem propriedades impar

 

O boldo é português

Que é um saboroso chá

Alivia das indisposições

Os enfarado vai libertar

 

A carqueja faz bem aos rins

E tudo volta a funcionar

Não tomes em excesso

Pois ela pode prejudicar

 

O bálsamo é alemão

Dele não posso falar

Tem belas propriedades

E o organismo vai ajudar

 

A tansagem e dos índias

Aqui veio para ficar

É anti-inflamátória

Das infeções vai curar

 

O guaco é um cipó

Que tem poder de curar

Liberta os pulmões

Das gripes via  liberar

 

Cebola é alimento

Que na mesa não pode faltar

Liberta da arterio-esclerose

O sangue vai purificar

Alho é muito rico

Sua propriedade quero exaltar

Quem fizer uso correto

Mais saúde sempre terá

 

Cipó-mil-homens

É rico em perfume aromático

Até insetos ele combate

Purifica o organismo e saúde dá

 

A malva é uma beleza

Vale a pena sempre usar

Alivia das dores fortes

Seu chá alivia  e podes tomar

 

O principio ativo das ervas ninguém pode negar

Têm alcalóides glegosidios, aromáticos

Óleo essência, bioflanonóides taninos

Mucilagem, na pastoral não pode falar

 

Há muitas chás que foram lembradas

De todas não dá para lembrar

Umas lembrei pelo uso

Outras são importantes em guardar.

 

 

Bagé, 14-09-2005  Frei Paulo Zanatta

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Lidas campeiras


Lidas Campeira  (Emaús)

Bagé 2,3 ,4-09-2005-08-04

 

Tive o prazer de participar

No 93 da 2º festa campeira do Emaús iniciar

Com uma janta típica de gaúchos

Juntos com gaúchos participar

 

Vi muitos jovens trabalhando

Para o CTG iniciar

Que alegria irmanados

E a tradição a exaltar

 

Dom Gílio esteve pressente

Os frei também vieram olhar

O quanto os jovens são capazes

Pela fé abraçar

 

Tradição é fé andam juntas

Segundo o tradicionalista quis explicar

Pois nasceram com os Jesuítas

Que para cá vieram se fixar

 

O Romero falou estas histórias

E outras dom Gílio quis salientar

Valeu o que disseram

E os frei vieram abençoar

 

Os show foram bonitos

Valeu só em escutar

A tradição está bem viva

Que bom que vão continuar

 

Gineteadas e tiro de laço

Que bonito só em apreciar

Vibrei em ver tudo isso

Que nosso povo quer nos brindar

 

O barro não impediu as proezas

A valentia   sobressaltar

Os gaúchos não se acovardam

 Lidas campeiras precisam continuar

O Tempo não assustou ninguém

Até o final todos queriam apreciar

Baile, danças e muita festa

Só para gaúchos participar

 

Carreteiro, pasteis e guluzaimas

O povo podia desfrutar

No meio de muito  barro

Costela assada não podia faltar

Mano Lima foi brilhante

Henrique Aberro podia cantar

Os jovens que abriram o espetáculo

Fizeram o público vibrar

 

A premiarão foi justa

Para os que foram participar

Todos saíram vitoriosos

E o Emaús a comemorar

 

O Patrão foi esforçado

E soube dividir tarefas

Pois é moço muito Franco

Que todos soube integrar

 

Do que vi no CGT 93

Valeu a pena relembrar  

Espero que não esqueça de nada

E o tradicionalismo comemorar

 

Tenho dito e assino

 

 

 

 

Vida de antigamente



VIDA DE ANTIGAMENTE
 

FESTAS

Os padres rezavam as missas de costas para o povo isto é: Antes do Concilio Vaticanos Segundo que aconteceu na Igreja Católica de 1962-1965. Sós os coroinhas masculinos podiam ajudar na missa. O Sacristão era um homem de confiança e que ajudava os padres nas Igrejas. As mulheres não podiam ajudar durante a missa.  A missa era celebrada em latim, enquanto o povo ficava rezando o terço. As mulheres comungavam com o véu na cabeça e com roupas decentes e ficavam  ao lado direito separadas dos homens. Usavam o cabelo comprido e coque e os penteados era bruque prendiam com passador e grampinho. O bruque era feito na frente da cabeça.
Na semana santa se fazia a via-sacra com muitos  cantos  bonitos e muitas orações e cada estação. Nas igrejas os santos eram cobertos por um pano lilás para representar uma semana de profundos sentimentos cristão, da paixão morte e ressurreição de Jesus. Costumava-se guardar os ovos que as galinhas davam, para cozinha-los  com água e toda a família comiam um pedaço com um raminho de oliva bento. Esta devoção era para não ser mordido de cobras. No sábado santo às 10h da manhã se lavava os olhos, na água corrente para não pegar a doença dos olhos.
 
COSTUMES
 
As pessoas viajavam a pé ou a cavalo. Quando matavam um porco cozinhavam toda a carne no tacho da banha sem sal e guardava-se em latas. Também guardava-se as carnes em uma caixa forrada com uma tela bem fina dependurada debaixo das árvores as carnes salgada, para que os bichos não as tocassem. Quando as pessoas queriam comer pegavam uma pequena quantidade esquentavam numa panela. A comida que mais era usada era a polenta e racicci. Para os dias de festa tinha a sopa de capeletti. Geralmente quando chagava visitas matavam uma galinha cozinhavam um pedaço ou metade e o resto penduravam na aba da casa, à noite enrolavam numa toalha para evitar que os bichos pousavam sobre carne. O café era feito com casca de pão queimado, colocavam na água fervendo e a água ficava bem preta e assim se tomava como café. As mesas eram todas de madeira bem larga e as tabuas eram pregadas bem juntas e com uma banca de madeira para sentar. A mesa era coberta por uma toalha plástica. A cozinha ficava separada da casa, com um corredor que unia a casa com a cozinha porque o fogo podia queimar a casa. O banheiro era chamado de latrina ou patente e mais tarde de quarto de banho.Os namoros eram vigiados pelos pais, e o moço tinha que pedir licença para namorar a moça. Quando Saiam para a rua um ficava de um lado da rua e o outro no outro lado. Os colchões eram cheio de palha de milho que era escolhida e os travesseiros cheio de penas gansos ou de galinhas. Guardava-se aos produtos da colônia nos galpões (chamado de paiol) A prática da caça e da pesca foi introduzida aos poucos pelas pessoas de origem italiana, onde a aparece a tradicional passarinhada ou  peixada.
 
AS COMUNIDADES
 
Eram pequenas famílias e residiam  longe uma das outras. Porém de famílias muito numerosas, mas quando nascia uma crianças as vizinhas diziam (mdemoa a comare) então levava uma galinha para fazer canja e reforçar a comadre. Também procuravam enfaixar a criança recém nascida. Não havia ruas para transitarem, e as estradas onde se passavam só permitiam ser fito a cavalo ou de carroças. Todo transporte era feito de carga de burros. Os primeiros carros que apareceram eram o modela “A” de 1929 movido a gás ogênio.   Os meios de transportes eram chamados de carro de praça,  tinha o bonde e a Maria fumaça e o vapor.
 
ASSUNTO INTERESSANTE
 
O bisavô Paulo Corbellini e Adele  Ficagnha compraram  uma casa em Sampaio (Vila Sério),  coberta de madeira artesanal tabuinha (escandoles) cheia de barata e quando deu um frio muito acentuado, geada as baratas se congelaram.  Então o meu bisavô pegou um pau bem comprido, e começou a bater no telhado e elas caíram no chão.  Fez um fogo e queimou, dando um fim das baratas.
 
VESTIMENTAS
 
As mulheres usavam vestido comprido e largos lenços na cabeça, avental amarados na cintura. Os homens usavam calça de brim listradas com suspensórios e para as festas calça de gazemira com  chapéu de palha ou pano e o calçado era feito de couro. Os lençóis e as roupas eram confeccionados com sacos de açúcar (bombazina) e muitas vezes eram tingidos.As cobertas grossas para o inverno eram feitas de panos velhos (strapontas) para se cobrir durantes as noites muito frias. Também comprava-se peças de fazenda  para confeccionar alguns roupas para a família. Quando morria alguém da família usava-se roupa preta de luto.
 
MORADIA
 
Feita de pedra ou madeira  de pinheiro ou  pau a pique. Os  telhados de tabuinhas (escandoles). As janelas de tábuas sem vidros, as casas eram bem grandes porque a família era bem numerosa. Para cozinhar os alimentos pendurava-se as panelas em cima do fogo, numa corrente dependurada.  Buscava-se água nos poços ou fontes com baldes de madeira chamado de “sechas”. A pia de lavar a louça era de madeira chamada de”secharo”. Os móveis eram de madeira de lei artesanal, tinha o bidê, o comó, cristaleira, penteadeira baú e um lavatório que tinha uma bacia esmaltada e uma jarra em baixo com água que era para se lavar de manhã ao levantar. A iluminação era vidro ou uma latinha cheia de querosene onde se colocava um pavio de pano onde era acendida para iluminar à noite.
 
AS ESCOLAS 
 
Eram de madeira, janelas de tábuas e sem vidro. Os bancos eram compridos onde sentavam seis crianças. No banco tinha um buraco onde se colocava um tinteiro. Usava-se também o mata borrão. A professora era braba porque tinha que cuidar de muitas crianças. Usava  varra de vime comprido para bater mãos dos alunos que não queriam aprender. Usava-se uma pedra com pena de pedra para escrever e depois apagava-se com um pano.
Usavam a palmatória, régua comprida, numa ponta era reta, na outra ponta existia uma rodinha e um buraco no meio. Quando o aluno desobedecia, o professor (a) batia na palma da mão e puxava a pele da mão dentro do buraco formando uma mancha vermelha era muito dolorido.
Também existia outro castigo: colocavam grãos de milho, pedrinhas, tampinhas de garrafas no chão para as crianças que incomodaram ajoelhar em cima e também puxavam as orelhas.
O aluno era aprovado no 5º livro e tornava-se professor. Se ele desejava continuar os estudos devia prestar exame de admissão. Todos tinham que saber e o método usado era decorar tudo, pois, eles não tinham nada escrito.
 
FESTAS
 
Eram muito bonitas principalmente as de igreja.  Costumava-se fazer a sagra que era um almoço bem preparado. Convidavam-se os parentes para a festa. A  missa era celebrada na parte da manhã e ao meio dia a sagra, à tarde jogos de carta e de bochas e o tradicional filó. Para a juventude  existia os matinês dançantes, que era uma verdadeira  diversão para jovens. Em certos lugares as festas duravam muitos dias, principalmente o (Kerps)
ENTREVISTA
Norma c.c.c.Zanatta, Luiz Zanatta, José Boscari, Elda Zanatta, Terezinha Boscari, Maria de Lourdes Giacomlli, Nadir Letrari, Mercedes Corbellini, Frei Paulo Zanatta
VITA DI PRECEDENTEMENTE   
   
FESTE   
I preti celebrarono messa di schiene per le persone. Da solo i ragazzi di altare maschili potrebbero aiutare nella massa. Le donne non potevano aiutare durante la massa.  La massa fu celebrata in latino, mentre le persone stavano dicendo il terzo. Le donne presero comunione col velo nella testa e con vestiti decenti e loro erano al lato destro separato dagli uomini. Loro usarono i capelli lunghi e panino dolce e le acconciature erano bruque arrestato con passador e graffa. Il bruque fu fatto di fronte alla testa.    
Nel santo di settimana faceva se lo strada-sacro con molte belle canzoni e molte preghiere ed ogni stazione. Nelle chiese i santi furono coperti da una serenella di stoffa per agire una settimana cristiana dei sentimenti profondi, della morte di passione e risurrezione di Gesù. Tenga le uova che i polli hanno dato, per Lei li cucini con acqua e la famiglia intera mangiò un pezzo con un ramo olivastro e sacro. Questa devozione era per non essere bitten di serpenti. Sabato sacro a 10:00 di mattina lori lavò i suoi occhi, nell'acqua in marcia per non contagioso la malattia degli occhi.   
   
ABITUDINI   
   
Le persone viaggiarono a piede o cavallo. Quando loro uccisero un maiale cucinato la carne intera in me biasimi him/it del grasso senza sale e he/she stati in lattine. He/she stette anche le carni in un forada della scatola con un schermo molto eccellente appese gli alberi che le carni hanno salato sotto, così che le cimici non li giocarono. Quando le persone vollero mangiare prese una piccola quantità scaldata su in una pentola. Il cibo che più è stato usato era il polenta e racicci. Per i giorni di he/she della festa la zuppa di capeletti aveva. Di solito quando visite di chagava uccisero un pollo cucinò un pezzo o metà ed il resto appesero nell'orlo della casa, di notte loro rotolarono su in un asciugamano per evitare che le cimici sbarcarono sulla carne. Il caffè fu fatto con buccia di scottò pane, loro misero nell'acqua che bolle e l'acqua era molto nera e fu preso come questo come caffè. Le tavole erano tutti di legno molto largo ed i tabù fu inchiodato bene comitati e con un chiosco di legno per sedersi. La tavola fu coperta da un asciugamano di plastica. La cucina era separato dalla casa, con un corridoio che ha unito la casa con la cucina perché il fuoco potesse scottare la casa. Il bagno stato chiamato di latrina o brevetto e più tardi di stanza di corteggiamenti di banho.Os loro furono guardati dai genitori, ed il giovane doveva chiedere a licenza di uscire con la ragazza. Quando loro Vanno via per lo stradale era di un lato della strada e l'altro sull'altro lato. I materassi erano pieni di paglia di mais che è stata scelta ed i cuscini pieno di oche di penne o di polli. He/she stette ai prodotti della colonia nei hangar (chiamata di dispensa) La pratica della caccia e della pesca fu presentato poco a poco dalle persone di origine italiana, dove he/she l'appare il passarinhada tradizionale o peixada.   
   
LE COMUNITÀ   
   
Loro erano le piccole famiglie e loro vissero lontano uno dell'altro uni. Comunque di famiglie molto numerose, ma quando he/she nacque un bambini i vicini di casa detti (il mdemoa la comare) poi prese un pollo per fare zuppa di pollo e rinforzare l'ostetrica. Loro tentarono anche di legare il di recente bambino nato. Non c'erano strade per loro, e le strada pubblica dove accadde solamente permesso per essere riparato a cavallo o di allenatori. Ogni trasporto fu fatto di carico di asini. Le prime macchine che sono apparse erano modella "HER/IT" di 1929 si mosse gassare ogênio.   I mezzi di trasporti stati chiamati di macchina quadrata, he/she avevano il carretto e la Maria fuma ed il vapore.   
   
IO RIFLETTO INTERESSANTE   
   
Il bisnonno Paulo Corbellini ed Adele Ficagnha comprarono una casa in Sampaio (Città Seria), coperto con tabuinha di arte di legno (l'escandoles) pieno di scarafaggio e quando he/she diedero un raffreddore molto accentuato, copra di gelo gli scarafaggi si gelarono.  Poi mio bisnonno prese un legno molto lungo, e cominciò a colpire nel tetto e loro precipitarono nella terra. La fece un fuoco e bruciò, mentre mettendo un'una fine degli scarafaggi.   
   
INDUMENTI   
   
Le donne usarono vestito lungo e fazzoletti larghi nella testa, amarados del grembiule nella vita. Gli uomini usarono pantaloni di tela con bretelle e per i pantaloni di gazemira di feste con cappello di paglia o stoffa e la scarpa fu fatto di cuoio. I fogli ed i vestiti furono fatti con sacchi di zucchero (il bombazina) e molte volte erano tingidos.As spessi per l'inverno era fatto di vecchie stoffe (lo strapontas) per durantes per essere coperto le notti molto fredde. Fu comprato anche pezzi di fattoria per costituire dei vestiti la famiglia. Quando morirono qualcuno a causa dei vestiti di nero di famiglia fu usato nel piangere.   
   
CASA   
   
Fatto di pietra o legno di albero di pino o legno a lui punge. Il tabuinhas copre con un tetto (l'escandoles). Le finestre di assi senza occhiali, le case erano molto grandi perché la famiglia era molto numerosa. Cucinare i cibi fu appeso le pentole in cima al fuoco, in una corrente appesa.  Acqua fu guardata per nelle fonti o fonti con secchi di legno chiamati di "sechas". Il lavandino di lavare i piatti era legno chiamato de"secharo". I mobili erano legno duro di arte,  avevano il bidè, il comó, armadietto di vasellame che veste tronco di tavola ed un lavabo che he/she avevano un bacino smaltato ed un vaso in basso con acqua di mattina la quale sarebbe stata lavata quando svegliandosi. L'illuminazione era vetro o una lattina pieno di petrolio di kerosene dove un stoppino di stoffa fu messo dove fu acceso per accendere su di notte.   
    
LE SCUOLE     
   
Loro furono fatti di legno, finestre di assi e senza vetro. Le banche erano lunghe dove sei bambini seduti. Nel he/she di banca un buco aveva dove un inkwell fu messo. Fu usato anche uccide macchia di him/it. L'insegnante era fiero perché lei doveva prendersi cura di molti bambini. He/she usò spazzate di vimine lungo per colpire le mani degli studenti che non hanno voluto imparare. Una pietra fu usata con penna di pietra per scrivere e più tardi he/she si affievolirono con una stoffa.   
Loro usarono il palmatória, regolo lungo in una punta era diritto, nell'altra punta esistè una ruota ed un buco nel medi. Quando lo studente disubbidì, l'insegnante (il) colpì nel palmo della mano e tirò la pelle della mano in del buco che forma una macchia rossa era molto dolendo.   
Anche l'altra punizione esistè: loro misero mais granisce, pietre, sostituisce di bottiglie nella terra i bambini che hanno disturbato inginocchiarsi su cima e loro tirarono anche gli orecchi.    
Lo studente fu approvato nel 5 libro e lui divenne insegnante. Se lui volesse continuare gli studi dovrebbe rendere esame di ammissione. Tutti dovevano sapere ed il metodo usato era decorare tutto, perché, loro non avevano qualsiasi cosa scrivendo.   
   
FESTE   
   
Loro erano principalmente molto begli una di chiesa.  Faccia la sagra che era un pranzo molto preparato. I parenti furono invitati alla festa. La massa fu celebrata nella parte della mattina ed al mezzo giorno la sagra, nella lettera di pomeriggio gioca d'azzardo e di gioco delle bocce ed il tulle tradizionale. Per la gioventù il matinées dançantes, che era un vero divertimento per giovane esistè. Nei certi luoghi le feste durarono molti giorni, principalmente il (Kerps)    
INTERVISTA    
Norma c.c.c.Zanatta, Luiz Zanatta José Boscari, Elda Zanatta Terezinha Boscari, Maria di Lourdes Giacomlli il Nadir Letrari, Mercedes Corbellini, Frei Paulo Zanatta