segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

IRMÃO ARMANDO CORDEIRO (Boletim Informativo Marista)

Boletim Informativo Marista
Irmão Armando Cordeiro
Irmão Gonçalves Xavier
Estava eu fazendo a revisão final deste número do Boletim Informativo para envia-lo ao prelo, quando nesta manhã de sábado, 1º de julho, recevbi um telefonema da Secretaria Provincial, através do Irmão Bruno, comunicando o passamento do Irmão Cordeiro.
Se é bm verdade que o anúncio não me colheu de surpresa, sabedor que era de seu estado crítico, através de comunicação telefônica com o Irmão Celeste, é sempdre com pesar que se receba a notícia do falecimento de um Irmão nosso. Conheço o Irmão Cordeiro deste 1941, em Curitiba, Naquela tempo ele usava o nome de Irmão Pacômio, nome este herdado do famoso Irmão francês que, na Provincia do Sul, criou a Pacomienne.
Eu estava no Santa Maria e Pacômio era Regente no Internato Paranaense. Nossos encontros se davam nos campos de futebol, tanto no Santa Maria, campinho pequeno, com sete jogadores de cada lado, quando no amplo gramado do Internato Os gaúchos tinham um timaço. Lembro-me ainda de alguns nomes: Pacômio, Leôncio, Odilon, Memétrio, Modesto Girotto, Arno, Arialdo... Não era fácil ganhar deles. Jogavam duro como ainda o fazem os times gaúchos.
Mais tarde, ao sair de Curitiva, perdi Pacômio de vista. Fiquei sabando que foi Diretor em Cruz Alta e que fez atrasar a partida do trem quando de sua despedida para ira para Ágfrica como Missiónario. Consta-mde que até o Cardeal Motta era passageiro desse trem... De sua atuação na África poderão falar melhor os que la trabalharam com ele. Eu só posso dizer que vi, nas três vezes em que estive em Moçambique, como Conselheiro Geral, em 1969, 1972 e 1975.
Ele, havia tempo, já não era mais Pacômio e, sim, Irmão Armando Cordeiro, sem dúvida o nome Marista mais conhecido nos continentes africanos durante décadas. Sua ação apostólica-marista em Angola e Moçambique foi determinante nos momentos difíceis na implantação das obras. Sua coragem, seu destemosr e desassombro, suas iniciativas, seu espírito empreendedor... tudo fez com que os Colégios se consolidassem, e as obras em favor dos negros – como no Alto Molókue e no Alvor – fossem tomando vulto e preparassem professores e catequistas para o povo do “interior”.
Depois de ter sido Fundador e Diretor de Colégios, ele se tornou Regente dos Internos no Colégio da cidade de Beira. Foi lá que eu o encontrei, em suas múltiplas atividades. Além da regência e das aulas que ministrava, tinha um programa na Rádio local, mantinha uma correspndência variadissima e organizou a OBRA DO CORAÇÃO que fez muito bem a muita gente.
Não é fácil descrever toda a trajetóaria do Irmão Cordeiro em seus trabalhos de África. Dotado de uma compleiçao atlética de uma indômita força de vontade, de um temperamento forte e decidido e de uma capacidade imensa de trabalh, desdobrou-se em realizações e atividades pouco comuns aos seus demais coimãos.
Tendo tirado seu brevet de aviador, tornou-se também paraquedista. Dizia ele que era para dar um exemplo à juventude: “Que eles vejam que um religioso que forma os jovens no caminho do bem e da religiosidade é capaz, também, de realizar outros proezas que sirvam como exemplo. “De fato, todos tinham por ele vários sentimentos: de admiração, de respeito e mesmo de um “santo temor” Ele repirava energia. E transmitia energia. Com um domínio total de suas forças físicas, aumentando, às vezes, a extensão de suas proezas, infundia uma certa impressão de algo quase extraordinário que emanava de sua pessoa.
Uma vez ele me levou a atravessaar uma favela de Beira. “Comigo, dizia ele, você pode vir. Sozinho, não. “E todos que o viam o saudavam respeitosamente. Até com uma boa dose de reverência. É que aquela gente era beneficiária dos efeitos da OBRA DO CORAÇÃO. Fazendo o bem, ele conquista a admiração de todos. Nas suas façanhas de paraquedista ele conseguiu treinar o seu cão, o Zingo, para pular com ele. E o conseguiu, Zingo foi o primeiro cão paraquedista de Moçambique. Sou testemunha ocular.
Certa feita ele me fez subir com ele a um avião, na companhia de outros paraquedistas. Eu os vi saltar. Quando chegou a minha vez, não ousei... Estava sem o paraquedas... Com estas coisas, com seu trabalho no Colégio – o Irmão Diretor me dizia que ele valia por quatro – com seu apostolado na Rádio, suas obras socoais e seu prestígio pessoal, ele elevou bem alto o nome Marista em terras de Moçambique.
Com a independência e a retirada maciça dos Portuqueses, tudo mudou. Irmão Cordeiro contava todas as agruras pelas quais passou até conseguir fugir e refugiar-se em país vizinho.
Depois, foi a volta ao Brasil. Preferiu ficar na Província do Rio de Janeiro, porque era por qui que passavam os refugiados de Angola que ele muito ajudou nesses momentos difíceis. Para isso muito lhe valeu o bom relacionamento que tinha com o chefe da Unita, Jonas Savimbi, seu ex-aluno. Algumas intervenções pessoais do Irmão fizeram com que reféns fossem libertados e outras situações delicadas fossem resolvidas satisfatoriamente.
Passado algum tempo, foi desegnado para trabalhar, em companhia de um Padre Jesuita, em Anchieta, no Espírito Santo. Lá vivia sozinho, lecionava, era enfermeiro e realizava um punhado de coisas. Até que lhe pediram para vir tomar conta da CASA DA ACOLHIDA, no Rio de Janeiro. Foi aí que ele despendeu seu últimos anos e gastou as forças que ainda lhe restavam. Possuidor de um temperamento forte, enérgico e até mesmo dominador, realizou uma obra até certo ponto inédita nos anais da Congregação. Pouco afeitoao trabalho em grupo, ele era ele mesmo, se assim o podemos definir.
Sua espiritualidade também era própria, fruto dessas energias interior que irradiava fora. At-é seu aperto de mão denotava a força que mantinha ativi, diligente e ralizador. Foi um Marista sui generis, mas autêntico. Exemplo de trabalho, de dedicação e de amor aos demais. À sua maneira. Sofrendo, e muito, nestes últimos anos, de uma asma que o atormentava, aguentava sozinho e heróico as agruras que lhe sobrevinham, sobretudo à noite. Não queria – e não aceitava –ser ajudado.
Até que, numa crise mais forte, teve que ser hospitalizado. E, então, sobrevieram-lhe as complicações e as infecções, que culminaram com o seu desenlace, aos 80 anos de idade. No sábado à tarde houve Missa de corpo presente na Capela do Colégio São José de Conde de Bonfim. Depois seu corpo foi levado para Mendes onde ficou em câmara ardente.
No domingo, às 9 horas, com a Caplea repleta de povo e pessoas hospedadeas na casa, houve outra Missa e a encomendação do corpo. O Irmão José Manoel lá esteve em representação do Irmão Provincial, assim como uma sobrinha, Rosângela Toniolo e uma-neta, Dulce Toniolo, que vieram do Rio Grande do Sul prestar as últimas homenagens ao tio querido.
Nesses momentos chovia em Mendes. As despedidas se fizeram na própria Capela e o corpo foi levado para o nosso cemitério, na colina de Santa Cruz. Irmão Cordeiro não viveu em vão. Consumiu-se. Ficam para nós os eus exemplos de energia, de trabalho e de fé. E a esperança de que Deus e a Boa Mãe o tenham recebido, misericordiamenate, na habitação celeste. Lá ele descansará na eterna bem-aventurança. E que vele por nós que ainda ficamos.
HOMENAGEM DE ALÉM-MAR ao Irmão Cordeiro
A associação dos Antigos Alunos Maristas, de Angola e Moçambique, através de seu Presidente, enviou à Provincia do Rio de Janeiro, na pessoa do Irmão Gentil Paganotto – Provincial, manifestações de pesar pelo passaamento do Irmão Cordeiro.
O Boletim Informativo, com muito prazer, publica a belissíma mensagem a agradece a gentileza de nossos irmãos da África. Exmo, Irmão Gentil Paganotto
Os Antigos Alunos Maristas de Angola e Moçambique vêm por este meio apreesentar a toda a Família Marista e aos novos alunos, o nosso mais sendtido pesar pela notícia do falecimento do já nosso saudoso Irmão Cordeiro. Recebemos esta notícia como um autêntico choque, tal como se um membro direto da nossa família tivesse morrido. A sua obra como educador ficará perpetuada na nossa memória e acima de tudo como um nobre exemplo para os nosso herdeiros.
Queira a Divina Providência do nosso Deus e de seu Filho Jesus na companhia da Virgem Maria, a Padroeira da Congregação Marista, dar a este Seu Discípulo, o Irmão Cordeiro, o Eterno Repouso e a Divina recompensa pelos nobres actos que praticou nesta passagem terrena, principalmente junto das crianças, e que pela Sua Eterna Vontade o chamou a Si no Dia Mundial da Criança.
Os Antigos Alunos Maristas deixam a V. Exº o pedido, para que no próximo dia 6, Dia dos Maaristas e do seu Fundador Marcelino, o nome do Irmão Cordeiro seja recordado, como um exemplo para todos, na sua conduta para com o próximo e principalmente com as crianças, com sua jovial e contagiante alegria de viver, evocando a sua memória com o júbilo e honra, como um exemplo a seguir e a divulgar, não deixando esse dia ensombrando pelo seu falecimento, como estou certo que seria a sua vontade.
A Familia Marista perdeu um grande Condutor de Homens na Terra, mas ganhou, sem sombra de dúvidas, um grande Orientador Espiritual junto de Deus.
Que o Irmão Cordeiro descanse em Paz!
Saudações Maristas!
Darwin Cardoso

Recebemos esse xerox da Tia Irene Corbellini em uma visita que realizamos em Guaporé e Também a família de Honorato Tonilo, Dulce Polita Tonilo e a família dos Polita.
Luiz Zanatta, Norma Corbellini Zanatta, Lauro Zanatta e Frei Paulo Zanatta

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